quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Há memórias que permanecem connosco ao longo dos anos. Umas fazem-nos chorar outras sorrir, às vezes os dois, são lembranças que nos envolvem nas boas ou más recordações do passado. São episódios que, de alguma forma, nos marcam.
Lembro-me, como se tivesse sido há pouco tempo, que num dia de calor primaveril quando tinha por volta dos meus cinco anos, num fim-de-semana, os meus tios me levaram a mim e no meu irmão a dar um passeio.
Eles moravam em Oeiras, por isso, depois do almoço, a minha tia sugeriu que fôssemos caminhar um pouco à praia para que eu pudesse usar os patins que tinha herdado do meu irmão, e para que o meu irmão pudesse estrear o seu skate.
Fomos para o paredão, onde percebemos que inúmeras pessoas tinham tido a mesma ideia que nós. Depois de algum tempo, o meu irmão cansou-se de andar (ou pelos menos de tentar fazê-lo) no skate. Então, pedi-lhe que mo emprestasse, tirei os meus patins, e (como tinha uma grande falta de equilíbrio) pus-me de joelhos no skate, e com as mãos no chão dava balanço para andar. Passava entre as pessoas esquivando-me dos demais exibindo um sorriso meio atrapalhado quando ia contra alguém e, de vez em quando, olhava para trás para não me afastar dos meus tios. Assim que o meu irmão me parou, fiquei um pouco triste, pois estava a passar um bom bocado. Porém, tive que aguentar, afinal, não era meu.

Mais tarde, fomos comer um gelado, significava que estava na hora de ir para casa. Foi uma das últimas vezes que estive como os meus tios antes de partirem para outro país.

Violeta

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