quarta-feira, 22 de abril de 2015

«As ciências progridem, como as técnicas, aniquilando o velho, antiquado e obsoleto. Para elas, o passado é um cemitério, um mundo [de objetos] morto[s] e superado[s] pelas novas descobertas e invenções.» 

Llosa, Vargas (2012). A civilização do espetáculo, p.68. Lisboa: Quetzal.

Nos últimos 30 anos, assistimos a uma das maiores e rápidas evoluções da tecnologia. Os meios de comunicação evoluíram incrivelmente: hoje não escrevemos cartas, mandamos SMS; não vamos ás bibliotecas á procura de livros para fazer trabalhos; simplesmente ligamos a Internet. 

Os seres humanos procuram evoluir cada detalhe evoluído da suas criações, querendo sempre superar todas as expectativas. Podemos ver isso em qualquer aspeto da nossa vida, vivemos rodeados de tecnologia. Ou será que a tecnologia vive rodeada de nós? Ou seja, será que deixámos a tecnologia dominar-nos, mudar-nos?

Virámos dependentes da tecnologia, não sabemos viver sem ela. É certo que muita dela é necessária; mas tudo o que é em demais cansa. Com uma evolução tão rápida e grande para o que existia nos anos 90, por exemplo, várias coisas caíram em desuso, como as disquetes e os discos de vinil. A geração nascida no fim dos anos 90 não conhece esta mudança, mas os pais destes de certeza que notam várias diferenças na sua adolescência e na dos filhos. Esta evolução é algo ótimo com certeza, mas talvez esteja a ser usada, em certos aspetos, da maneira errada. 

Não é por ser antigo que é mau. E certas coisas nunca são antigas ou modernas; são intemporais. O aparecimento de novas tecnologias como smartphones, tablets e etc fez as pessoas agarrarem-se a elas, sem nunca pensarem nas vantagens do que se fazia antigamente. Vemos muitos exemplos disto nos jovens de hoje, que preferem uma conversa no Whatsapp a ir dar uma volta na rua. Não devemos nunca pôr a tecnologia á frente do real, do que está á nossa frente; melhor do que um ecrã só os nossos olhos!

Devemos introduzir a tecnologia ás nossas crianças, sim; mas sempre como um apoio, não como o essencial. Deixemos de ser robôs agarrados aos ecrãs e vamos ser pessoas a sério. 



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